O mês de junho foi de desempenho positivo nos investimentos de um modo geral, ainda que ele não tenha proporcionado resultados muito expressivos nos segmentos de renda fixa e variável.
Na Bolsa de Valores B3, o nosso principal índice, o Ibovespa, trouxe grandes expectativas, quando na primeira semana do mês superou 131 mil pontos pela primeira vez na história. Na segunda quinzena de junho, porém, o índice oscilou bastante, fechando em 0,46%. O IBrX foi um pouco melhor. Ele é referência nas aplicações de renda variável dos perfis de investimentos mais arriscados da Funsejem, e encerrou em 0,63%.
Dentre as justificativas para o desempenho de instabilidade, e ao mesmo tempo de acomodação no mercado de ações, está a projeção do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, de antecipar para 2023 a alta de juros por lá. A medida cria expectativas para uma futura saída de recursos de investidores de países emergentes, rumo ao mercado norte-americano.
No Brasil, a taxa básica de juros brasileira também foi assunto no mês. O Comitê de Política Monetária elevou a Selic para 4,25%, e a perspectiva dos analistas financeiros é de novos aumentos até o final do ano. Importante lembrar que as alterações de taxas provocam oscilações de curto prazo em alguns investimentos de renda fixa mais voláteis.
Falando sobre ela, a renda fixa, tivemos os títulos públicos de inflação de longo prazo como os melhores em desempenho em junho, rendendo em média 0,83% (IMAB5+). Os papéis pós-fixados de menor risco, remunerados pela variação do CDI, fecharam em 0,31%.
Com base nos indicadores financeiros de junho, veja como renderam os perfis do seu plano de previdência: conservador, 0,37%; moderado, 0,46%; agressivo, 0,60%; e superagressivo, 0,75%.
Oscilação continua e requer atenção
Para os próximos meses, a pressão inflacionária e o cenário político, particularmente a CPI da covid-19, devem continuar a preocupar, bem como o andamento das propostas tributárias do governo (isenção do IR para pessoa física e redução da alíquota sobre empresas, taxação de dividendos e fim do benefício fiscal de juros sobre o capital próprio).
Permaneça atento, acompanhando seus investimentos, mas sem mudanças frequentes de perfil, baseadas em resultados de curto prazo. Analise a troca apenas se, de fato, a sua opção atual não estiver mais de acordo com seu perfil pessoal e objetivos que havia traçado anteriormente para sua poupança previdenciária.