Em maio, o mercado financeiro foi de instabilidade e sensibilidade, como era de se esperar depois da forte queda de março, que abalou intensamente os investimentos de renda fixa e variável. A crise trazida pela pandemia da covid-19 e seus reflexos político-econômicos são profundos e por um bom tempo exigirão do investidor ainda mais paciência e visão de longo prazo.
Apesar do comportamento receoso, de altos e baixos e aversão ao risco, a Bolsa de Valores teve ótimo desempenho. O principal índice de ações, o Ibovespa, permanece negativo no acumulado do ano (-24,42%), mas fechou maio com 8,57%.
O segmento de renda fixa deu novos sinais de recuperação, tal como no mês anterior. Os títulos públicos pré-fixados variaram 1,42% (IRF-M), os de longo prazo indexados à inflação renderam 1,02% (IMA-B5+), e os pós-fixados que acompanham o CDI variaram 0,24% (IMA-S).
Neste contexto, os perfis do seu plano de benefícios com maior grau de risco nas aplicações finalizaram o mês de maio da seguinte maneira: 0,95% no moderado, 1,93% no agressivo e 2,94% no superagressivo. O perfil conservador rendeu 0,47%, resultado bem acima de sua meta, o índice CDI, que acompanha a taxa básica de juros da economia, a Selic.
Alerta: não baseie a escolha de seu perfil pela última rentabilidade atrativa, pois os resultados dos investimentos de alto risco variam muito do campo positivo para o negativo, principalmente no cenário atual. Tenha sempre em mente que a constante mudança de perfil também não é vantajosa, pois você corre o risco de realizar perdas patrimoniais difíceis de recuperar se estiver próximo de utilizar os recursos do plano. O momento é de cautela, porque o mercado financeiro permanece muito volátil, em especial nos segmentos de aplicações de alto risco.