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Educação Financeira
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Covid-19 derruba investimentos

O cenário de crise na economia mundial piorou muito em março com o avanço da Covid-19. O mês apresentou momentos de verdadeiro pânico no mercado financeiro, com aumento elevado na volatilidade das aplicações, por conta das incertezas do momento. O preço dos ativos, ou seja, o valor dos investimentos (títulos, ações, etc) caiu de forma significativa e muito rápida, levando investidores a fugirem do risco, liquidando seus investimentos a qualquer preço.

A instabilidade atingiu fortemente o segmento de renda variável. Aqui no Brasil, nosso principal índice de ações, o Ibovespa, fechou março em -29,90%, a maior baixa desde agosto de 1998. Mas o temor não se restringiu ao mercado de ações, pelo contrário, se propagou. Em busca de liquidez imediata, outras aplicações de alta qualidade como títulos do tesouro IPCA (NTNBs) e carteiras de crédito privado estão sendo desfeitas. Para isso, os investidores, temendo uma queda mais acentuada nos resultados, negociam seus papéis a um valor abaixo do que de fato valem, e do que pagariam de juros se fossem mantidos até a data contratada para o resgate (vencimento). Esta movimentação toda de fuga derruba os preços dos ativos financeiros de forma geral, e consequentemente a rentabilidade. É o que vemos agora.

A crise provocada pela Covid-19 é de proporção e impactos tão grandes que até fundos de investimentos conservadores fecharam março no vermelho, como os chamados fundos DI. Eles investem, em grande parte, em papéis pós-fixados, atrelados aos juros básicos da economia (a Selic), que não apresentam grande volatilidade, mas que atualmente também têm pouca atratividade em termos de rentabilidade.

Para buscar melhores resultados, os gestores diversificam os investimentos com outras classes de ativos de renda fixa, também afetadas negativamente em março. As mencionadas NTNB-s, por exemplo, que pagam juros acima da inflação, variaram -10,93% dentre os papéis de longo prazo. O mesmo aconteceu com os créditos privados, títulos emitidos por grandes empresas e bancos, que remuneram o investidor com juros acima da inflação ou do CDI (índice que acompanha a Selic). Muitos fecharam igualmente no vermelho.

Os perfis de investimento na crise

Os únicos papéis que escaparam de um resultado negativo no último mês foram os atrelados à Selic, os tais pós-fixados. O problema é que a taxa Selic está em 3,75% ao ano, com possibilidade de ser reduzida ainda mais. Logo, a rentabilidade dos papéis que a acompanham também está cada vez menor. Em março, ela foi de 0,34%, se consideramos o índice CDI. É um rendimento tão baixo que dentro de uma grande carteira de aplicações ele se tornou incapaz de segurar e equilibrar a imensa queda dos outros investimentos.

É neste sentido que os quatro perfis de investimento da Funsejem sentiram o impacto da turbulência de março. Todos têm carteiras bastante diversificadas, mas como a maioria das aplicações financeiras apresentou desempenho ruim, os resultados consolidados de cada perfil não ficaram imunes à variação negativa. O conservador, por ter ativos menos voláteis em comparação aos demais, variou -0,87%. Os outros perfis fecharam em -2,95% no moderado, -6,29% no agressivo e -8,79% no superagressivo.

Perspectivas futuras

Atingir os objetivos de rendimento no longo prazo tornou-se mais desafiador diante do patamar em que está a Selic hoje. Os investimentos com mais risco são, assim, essenciais para melhorar os resultados. Como sabemos, o mercado financeiro é cíclico. Ao longo dos anos vivenciamos momentos tão delicados quanto o atual, e  considerando o longo prazo, findo este ciclo, espera-se o de recuperação.

Por enquanto é impossível prever a duração da crise que se instalou no mundo com a Covid-19, daí a dificuldade em não se abater ou não se assustar com o desempenho das aplicações financeiras. Mas ainda assim é preciso um esforço em se manter com foco no longo prazo e ter calma. A tendência é de que os resultados se recuperem à medida em que as dificuldades forem sendo superadas. Além disso, a história nos conta que aqueles que se posicionaram com serenidade nas crises, sem decisões precipitadas, tiveram grandes oportunidades e conseguiram superar com vantagem as perdas do momento.

A escolha do perfil de investimento adequado no seu plano é fundamental, tendo em mente que o risco se manifesta de diversas formas, até mesmo no investimento mais tradicional, o pós-fixado, que pode não proporcionar ganho real (ganho acima da inflação) no futuro em um cenário de juros muito baixos.

Ao refletir sobre suas aplicações, pense em uma estratégia condizente com seu histórico de investidor. Quem sempre foi conservador, por exemplo, e queria uma oportunidade para aumentar o risco de sua carteira, pode entender este momento como oportunidade em virtude da queda geral nos preços dos ativos. Desde que, claro, seja possível esperar o tempo necessário de maturação e recuperação do investimento. Já para quem estava muito alocado no alto risco e sente que ganhou ao longo dos últimos anos, pode, se quiser, ficar um pouco fora agora. Assumir uma posição mais confortável com a redução de risco pode ser alternativa a quem estrategicamente opta por aguardar uma melhora de cenário e uma visão mais clara e estável para um reposicionamento de seus investimentos.

Lembre-se de que no seu plano você pode fazer uma simulação no site (aqui) para ter ideia de um perfil mais adequado ao seu jeito de ser nos investimentos. Também é possível, em sua página individual acessada com login e senha (aqui), pedir mudança de perfil sem que haja um limite no ano para isso. Ressaltamos, porém, que alterações frequentes podem ser prejudiciais ao seu patrimônio. Reflita bem antes de sua solicitação. No mais, é aguardar a tempestade ir embora com paciência. Junto com ela, toda essa instabilidade irá embora também, trazendo o mercado financeiro de volta à normalidade.

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