Pelo quinto mês consecutivo, os investidores estrangeiros registraram saídas da bolsa de valores brasileira. Uma soma de fatores domésticos e externos estão contribuindo para a baixa atratividade dos ativos de risco, provocando este período de queda nos ativos.
Um deles é a manutenção da alta taxa de juros americana, atraindo os investidores, e os afastando de países considerados mais arriscados, como o Brasil. Outros fatores que também pesam nesta balança são a instabilidade macroeconômica, o alto déficit fiscal, os juros voláteis, o fraco desempenho da China e a preocupação com a governança corporativa, afetando as ações no Brasil. Os especialistas acreditam que a recuperação do segmento de risco deverá acontecer ao longo do ano, mas para isso é essencial a flexibilização monetária dos Estados Unidos e a recuperação dos níveis de confiança do investidor estrangeiro.
Os melhores investimentos do mês foram o ouro e o dólar. A moeda americana avançou frente ao real, fechando a R$ 5,25. O ouro, prosseguiu seu movimento de valorização no ano. O metal, assim, vem assumindo seu papel de proteção contra a inflação, reforçado pelos conflitos geopolíticos e guerras potencialmente inflacionárias em curso no mundo.
No Brasil, o cenário de aperto monetário combina-se com os temores em relação ao risco fiscal. Depois de o governo indicar em abril que não trabalhará mais com meta de superávit para o ano que vem, mas de déficit zero novamente, em maio alguns dados de arrecadação vieram abaixo do esperado pelo mercado, que vem perdendo a confiança no arcabouço fiscal do governo, elevando o risco-país.
Nesse contexto, o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa B3, fechou o mês de maio em queda de - 3,04% e acumula baixa de -9,01% em 2024. O único mês deste ano em que a bolsa brasileira fechou no azul foi fevereiro.
Dentre os investimentos de renda fixa, os títulos públicos de inflação de longo prazo fecharam em 1,59% (IMA-B5+). O retorno dos papéis pré e pós-fixados encerraram com 0,66% (IRF-M) e 0,83% (IMA-S), respectivamente. No geral, a cesta de títulos públicos representada pelo índice IMA Geral rendeu 0,95%.
Desempenho dos perfis de investimento
Nesse panorama, os resultados estimados* dos perfis mais arriscados do seu plano de previdência na Funsejem sentiram um pouco, sobretudo o agressivo e o superagressivo, que fecharam negativos.
O perfil conservador, que diversifica os investimentos em títulos de renda fixa públicos e privados, com maior exposição a papéis pós-fixados, de forma bem bem próxima ao CDI, índice que é referência de retorno para este perfil.
*Os resultados estimados têm como base a rentabilidade das aplicações financeiras, os pagamentos de benefícios, e uma previsão das despesas e do fechamento da carteira de empréstimo. Os resultados oficiais, que corrigem o seu saldo no plano, saem por volta do 15º dia útil. Até lá, a cota considerada vigente é a do mês anterior.
Para conferir a rentabilidade dos perfis em maio, clique sobre o seu plano de previdência abaixo. Aproveite para conferir os gráficos e resultados de outros períodos:
Atenção ao perfil
Sua escolha de perfil de investimento não deve se basear em resultados pontuais, mas em uma análise de objetivos futuros, simulações e informações à disposição. Simule seu perfil de investidor aqui no site da Funsejem. A ferramenta está na área de Educação Financeira, aqui.