A Bolsa brasileira foi o grande destaque do mercado financeiro no mês de junho, impactando muito positivamente os perfis de investimento da Funsejem. Com variação de 9%, a maior desde o final de 2020, o principal índice da B3, o Ibovespa, aliviou as perdas de fevereiro e março, e fez com que ele fechasse o primeiro semestre do ano com um acumulado de 7,61%.
Na avaliação de alguns analistas, a boa expectativa em torno da reforma tributária, e da aprovação do arcabouço fiscal, atualmente em tramitação no Congresso, estão entre os fatores que colaboraram para o desempenho do mercado acionário, pois diminuíram a sensação de incerteza dos investidores.
Outro fator recente é a crença de que os juros básicos da economia (Selic) serão reduzidos pelo Banco Central (BC), o que beneficia ativos de risco. De acordo com o boletim Focus de segunda-feira (03/07), o mercado projeta reduções na Selic de agosto a dezembro, que trariam a taxa dos atuais 13,75% para 12%.
Apesar do movimento de recuperação da Bolsa, que saiu do negativo em que estava até maio, o compasso ainda é de espera e cautela para a segunda metade do ano, pois o mercado muda rapidamente. Altas fortes como a de junho muitas vezes vêm seguidas de oscilações contrárias, o que é normal. Investimentos mais agressivos como a renda variável estão mesmo sujeitos a variações constantes, tanto para cima como para baixo. Não há, portanto, como prever o comportamento no curto prazo, trata-se de um risco característico deste investimento.
Inflação e influência externa
Com relação à inflação, a trajetória permanece sendo de queda, o que deve influenciar os possíveis cortes da Selic (o IPCA tem previsão de 2,99% no semestre). E o Ministério da Fazenda confirmou que a meta de inflação a ser perseguida pelo BC seguirá em 3% em 2024 e 2025, decisão bem vista pelo mercado financeiro.
No âmbito internacional, o Brasil foi favorecido por conta do risco de recessão em grandes países desenvolvidos. Os temores de desaceleração econômica ainda pairam sobre a economia dos Estados Unidos. No caso da China, há além disso uma frustração, pois o crescimento esperado por lá no pós-pandemia até o momento não se concretizou.
O contexto fez o investidor estrangeiro avaliar a migração para mercados com algum indicativo de aquecimento – vale lembrar que no início de junho, foi anunciado o PIB brasileiro do primeiro trimestre, e ele apresentou crescimento de 1,9%, ante uma previsão de 1,2%.
Aplicações de renda fixa
No segmento dos investimentos de menor risco, tivemos em junho uma variação de 1,07% no CDI, em linha com o que se viu desde janeiro. O índice acompanha a Selic, sendo referência de rentabilidade para os papéis mais conservadores, caso dos pós-fixados.
Dentre os títulos mais suscetíveis a oscilações de curto prazo, em virtude das mudanças e expectativas de mudanças de taxas, os indexados à inflação com vencimento de longo prazo foram os de maior variação: 3,37% (IMAB5+). Em seguida, vieram os pré-fixados, com 2,12% (IRFM).
Perfis de investimento Funsejem
Agora confira os resultados do seu plano de previdência.
Em junho, o perfil conservador, de carteira bastante voltada aos pós-fixados, rendeu 1,30%. Os demais perfis que, além da renda fixa baixo risco, investem em títulos de inflação, pré-fixados, exterior e Bolsa, dentre outros, performaram com: 2,10% no moderado, 3,66% no agressivo, e 5,59% no superagressivo.
No acumulado do ano, os resultados ficaram assim: 6,39% no conservador, 6,68% no moderado, 7,19% no agressivo, e 8,19% no superagressivo.
Quanto aos indicadores financeiros, o desempenho no semestre foi de: 6,50% no CDI (índice de referência de aplicações conservadoras), 6,59% no IBrX (índice de ações referência para a renda variável dos perfis agressivos do plano), 8,64% no IMA Geral (índice de desempenho de uma cesta de títulos públicos) e 2,99% on IPCA (índice de inflação - o resultado inclui a prévia de jun/23).
Invista consciente
Acompanhe as análises dos perfis, ciente de que a rentabilidade de curto prazo, em especial a dos perfis mais agressivos, não deve nortear, sozinha, a sua decisão. Respeite seu perfil pessoal e sua tolerância aos riscos. Considere ainda o objetivo principal que você tem para o plano, e o tempo que tem pela frente até sacar os recursos. Quanto menor for o seu prazo, mais difícil será recuperar possíveis perdas. A Funsejem tem no menu de Educação Financeira aqui do site um simulador de perfil que pode te ajudar, além de informações sobre cada um deles, no menu Investimentos.