Mais de um mês após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, as negociações de cessar-fogo avançaram, porém não a ponto de a instabilidade nos preços dos ativos se acalmar. O conflito vem causando incertezas aos investidores e gerando consequências econômicas.
No cenário internacional, os Estados Unidos, para contornar o problema da oferta reduzida de petróleo russo e conter o preço dos combustíveis, estão utilizando suas reservas especiais. Já na China, a preocupação está além da guerra. Houve um aumento exponencial de novos casos de covid-19 no país. Isso resultou em novas medidas de restrições de mobilidade e interrupções no setor manufatureiro, aumentando as preocupações com as cadeias de suprimentos globais e a inflação.
Apesar de um cenário externo preocupante, aqui no Brasil, a Bolsa de Valores B3 fechou bem o mês de março, ao contrário das bolsas estrangeiras. O Ibovespa, principal índice de ações, teve ganho de 6,06%, acumulando 14,47% no primeiro trimestre do ano. No acumulado dos últimos 12 meses, ele marca 2,89%.
O mesmo aconteceu com o IBrX, referência para as aplicações em renda variável dos perfis agressivos da Funsejem, que variou 5,96%. Essa boa performance da B3 tem origem em dois fatores principais, ambos relacionados aos desdobramentos da guerra: a alta das commodities, e a forte entrada de capital estrangeiro na Bolsa brasileira.
Dentre os investimentos de renda fixa, os títulos públicos de inflação de longo prazo foram os de melhor atuação no mês, rendendo 3,56% (IMA-B5+). A renda fixa pré-fixada fechou em 0,84% (IRFM), e a pós-fixada, que é a mais conservadora, de menor risco, rendeu 0,91% (IMA-S). Essa renda fixa está atrelada à taxa básica de juros Selic e ao CDI, que viu um novo acréscimo na sua rentabilidade, com a elevação da Selic em março, quando ela passou de 10,75% para 11,75% ao ano.
Perfis de investimentos Funsejem
Diante deste contexto, os perfis de investimentos mais agressivos da Funsejem fecharam março assim: 1,53% no perfil moderado, 2,09% no agressivo e 2,50% no superagressivo.
O perfil conservador, que diversifica os investimentos em títulos de renda fixa públicos e privados, com maior exposição a papéis pós-fixados, rendeu 1,19%. O resultado equivale a 128% do CDI, índice que é referência de retorno para o perfil, e que variou 0,93% no mês.
Alerta à volatilidade
Apesar dos bons resultados de março, a tensão pré-eleitoral, as questões econômicas provocadas pela guerra e a instabilidade gerada pela pandemia da covid-19 seguem preocupando o mercado, que está em alta volatilidade. Sobre este assunto, aliás, aguarde para ouvir nos próximos dias o Podcast Funsejem, hospedado no menu Educação Financeira aqui no site. O episódio, com o economista Aquiles Mosca, do BNP Paribas, fala mais sobre volatilidade.
Ainda neste mesmo menu do site, aproveite para simular seu perfil de investidor. Sua escolha não deve se basear em resultados pontuais, mas em uma análise de objetivos futuros, simuladores e informações à disposição no portal.