No final de novembro, o anúncio de uma nova cepa da covid-19 na África do Sul, denominada Ômicron, gerou forte turbulência e incertezas nos mercados globais. Além desse acontecimento, outros fatores agitaram as economias externa e doméstica.
Um deles é o severo aumento nas infecções por coronavírus na Europa. Outro é a possibilidade de elevação da taxa de juros dos Estados Unidos, antes do esperado. O aumento afeta os investimentos em países como o nosso, porque com juros mais atrativos nos EUA, investidores tendem a migrar seus recursos para lá.
Aqui no Brasil, seguem as preocupações com a inflação crescente e o risco fiscal, representado pelo alto nível de gasto que o país tem, sem arrecadação suficiente para cobri-lo.
Mas também tivemos espaço para boas perspectivas. No caso dos juros, a sinalização dada ao mercado financeiro de que a PEC dos Precatórios seria solucionada contribuiu para aliviar os juros futuros.
No âmbito das aplicações, o segmento de renda fixa, composto por papéis mais sensíveis e voláteis, que vinha sofrendo nos últimos meses, teve recuperação parcial das perdas do ano. No caso dos títulos pré-fixados e atrelados à inflação, de curto e médio prazos, eles se valorizaram com a queda dos juros futuros.
Em termos de resultados, os papéis de inflação com vencimento superior a 5 anos (IMA-B5+) fecharam em 4,47% e a renda fixa pré-fixada, 1,79% (IRF-M). A renda fixa pós-fixada, que é a mais conservadora, de menor risco, rendeu 0,62% (IMA-S). Essa renda fixa está atrelada à taxa básica de juros Selic e ao CDI, que viu um novo acréscimo na sua rentabilidade, com a elevação da Selic em outubro, quando ela passou de 6,25% para 7,75% ao ano.
A Bolsa de Valores B3 continua sofrendo. O Ibovespa, principal índice de ações, fechou o mês em -1,53%, acumulando -14,37% em 2021. O mesmo aconteceu com o IBrX, referência para as aplicações de alto risco dos perfis agressivos da Funsejem. O índice variou -1,69% e, no acumulado do ano, está em -13,87%. O IFIX, índice de fundos imobiliários, também teve baixo desempenho, com queda de - 3,63%.
Em meio a este panorama, os perfis de investimentos mais agressivos da Funsejem encerraram o mês de novembro assim: 0,48% no moderado, -0,03% no agressivo e -0,57% no superagressivo. O perfil conservador, que diversifica os investimentos em títulos de renda fixa públicos e privados, com maior exposição a papéis pós-fixados, rendeu 0,90%. O resultado equivale a 153% do CDI, índice que é referência de retorno para o perfil, e que variou 0,59% no mês.
O cenário atual no mercado financeiro e nos últimos meses, como temos divulgado nos boletins mensais de resultados, é de alta volatilidade, ou seja, de muita oscilação na rentabilidade de curto prazo. Esso afeta, em especial, os investimentos de maior risco, caso dos perfis agressivos do seu plano de previdência na Funsejem. Eles podem passar por períodos negativos, porém se recuperam em prazos mais longos.
É importante, assim, que você simule seu perfil de investidor aqui no site. E atenção, sua escolha não pode se basear em resultados passados, mas em uma análise pessoal, de seus objetivos futuros e nas ferramentas de simulações e informações à disposição.