O risco de investimento mais comumente compreendido é aquele que faz variar os resultados de uma aplicação no curto prazo, em decorrência de alguma situação específica ou especulação no mercado financeiro. Mas são vários os tipos de risco relacionados aos investimentos, e que apresentamos a seguir de forma bem resumida, começando pelo risco de mercado.
Como o nome já diz, este risco tem relação com o que ocorre no mercado financeiro e que consequentemente faz alterar a rentabilidade de uma ação em bolsa de valores ou de um título de renda fixa. Especulações sobre a saúde financeira de uma empresa, por exemplo, podem derrubar o preço de sua ação na bolsa de valores. O aumento da inflação também faz cair a rentabilidade de curto prazo de um papel pré-fixado que você tenha em mãos.
Trata-se de um risco muito difícil de ser mitigado, ou seja, do qual se proteger totalmente. Ele também pode ser consequência de um acontecimento no mercado financeiro. A diferença é a proporção que toma, com fortes impactos, em grande parte ou em todo o sistema financeiro. A quebra de um grande banco é um exemplo. Ela pode afetar outras instituições e abalar o mercado financeiro de um país. Crises externas como o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008 também são exemplos de risco sistêmico.
Este risco está ligado à dificuldade do investidor em se desfazer de uma aplicação. Um imóvel, por exemplo, é um investimento de baixa liquidez, pois você não o vende de um dia para outro. Já a caderneta de poupança tem alta liquidez, visto que pode ser resgatada rapidamente. A relação é a seguinte, quanto menor a liquidez de um investimento, mais arriscado ele será considerado.
É o risco do emissor de um papel não honrar seu compromisso. Isso pode acontecer com quem compra ações de uma empresa que em seguida vai à falência. Normalmente, empresas emergentes são classificadas como tendo um risco maior de crédito quando comparadas a empresas estabelecidas e em situação financeira saudável.
Também é um risco de crédito, mas se refere a títulos do governo, ou seja, a probabilidade de calote que um governo pode dar em seus papéis. Países de economia forte, regulação estruturada e com boas práticas de governança pública são os que apresentam menor risco-país em seus títulos.