Existem duas formas de gerar os recursos que se transformam em benefício mensal de aposentadoria na previdência: o regime de capitalização e o de repartição.
Este sistema pode ser explicado com seu próprio plano na Funsejem. Isso porque em um plano de capitalização como o nosso, o beneficiado é o responsável pela formação do saldo a ser transformado em benefício no futuro. Com uma vantagem a mais. As empresas patrocinadoras da Fundação colaboram com o crescimento da reserva financeira dos empregados, já que faz depósitos mensais àqueles que estão na ativa contribuindo para o plano.
A principal característica do sistema de capitalização é a segurança em termos de equilíbrio financeiro. No entanto, alguns pontos devem ser observados. Um deles é o aumento da expectativa de vida. Apesar de positivo (todos queremos viver mais), ele acaba por exigir um reforço de poupança, de modo que a reserva previdenciária do participante também perdure por muitos anos.
Outro aspecto a salientar é a taxa de juros que remunera o patrimônio. Em um cenário de juros baixos, também é preciso aumentar o esforço de poupança para que no futuro o saldo formado não se torne insuficiente às expectativas de renda.
É o sistema adotado pela previdência social de vários países. Ele pressupõe um pacto de gerações, pois as pessoas na ativa, que contribuem para o sistema, são as que custeiam os benefícios de quem já os recebe.
A previdência de repartição não apresenta grandes problemas quando o número de contribuintes é alto. Mas a situação se complica com a redução nas taxas de natalidade e mortalidade, o desemprego e a informalidade. Nestes casos, há queda nas contribuições. A entrada de recursos ao sistema diminui, e a saída (pagamento dos benefícios) não, aumentando o risco de colapso quando o governo não adota reformas e/ou medidas corretivas.